quarta-feira, 18 de dezembro de 2013


CRÓNICAS do Fim-do-Mundo 17 - É Verão aqui na terra dos cangurus

Os cavalos suam, os homens transpiram e as mulheres brilham!

Acho lindo!

Chegou o Verão e aqui as estações do ano começam e terminam em alturas diferentes do convencionado na Europa, onde ainda se aceita o código romano para as estações do ano.

Aqui vigora o regime celta. Neste outro código, em lugar das estações começarem no ponto astrológico dos solstícios e dos equinócios, assume-se que o dia mais longo do ano deva acontecer no meio do Verão e o mais curto do ano deva surgir no meio do Inverno.



Assim, o Verão começa em 1 de Novembro, o Outono a 1 de Fevereiro, o Inverno a 1 de Maio e a 1 de Agosto inicia-se a Primavera. Diferente, porém mais eficaz e sobretudo porque mais em conformidade com as temperaturas que se sentem.

O dia mais longo do ano, 21 de Dezembro (aqui no Hemisfério Sul) acontece sensivelmente a meio do Verão) e por oposição, o dia mais curto do ano (solstício de Inverno) acontece no meio do Inverno a 22 de Junho.

Crónica 17

Termino hoje esta série de Crónicas sobre a minha presença nestas terras do sul.

17ª Crónica, hoje dia 17 de Dezembro de 2013, quando passam exactamente 17 meses que estou a viver em Sydney.

A propósito desta formidável conjugação de situações correlacionadas com o número dezassete, entendo dever uma explicação a propósito de uma missiva do meu amigo João Fernandes, conhecido numerólogo, e que tomo a liberdade de transcrever parcialmente:

Foi com alegria que li a XVI Crónica, desde logo por saber que a intervenção cirúrgica ocular foi um êxito, porque regressaste a casa no dia de anos da Lurdes e porque a tua redacção reflecte uma mudança positiva deste teu ano aziago, ano chinês da SERPENTE, a que se vai seguir o ANO DO CAVALO, evocando 2014 os 700 anos que já passaram sobre as últimas fogueiras onde arderam os Templários de França. Os anos destes tempos finais de um ciclo de CIVILIZAÇÃO que ainda tarda a acabar, são essencialmente materialistas e desagregadores de Valores e da Família, perante a espiritualidade ínfima a que chegou a Humanidade.

Restam homens e mulheres, como tu e a Bianca para dizermos que vale a pena a amizade e a força para termos ESPERANÇA.

Falta então uma CRÓNICA para eu encerrar o TOMO I dessa tua diáspora. Assim com 17 Reis mudou Portugal, perdendo a independência em 1580, caindo a Monarquia ao fim de mais 17 Reis. Falta cair o 17º Presidente (Bernardino Machado só conta uma vez) para mudarmos também, agora que já foi eleito o 17º CARDEAL, Patriarca de Lisboa.


Amigos, absolutamente significativo não acham? Vale a pena continuarmos a ter esperança. Aliás, e nem de propósito, aproveito para vos recomendar a leitura das previsões que o mesmo João Fernandes faz para 2014. Aí vai:

Previsões para 2014

Estaremos em 2014 em Portugal, como se vivêssemos no ano de 1579 ou em 1909, ou seja esperamos pacientemente que o ciclo 17 de Portugal se cumpra: 17 Reis/1580; mais 17 Reis/1910; mais 17 Presidentes/2015 (Bernardino Machado só conta uma vez).

Arruinados com D. Sebastião. Arruinados com D. Manuel II/João Franco. Arruinados com Aníbal/Passos Coelho.

Sem capacidade para vencer, unir e desenvolver, Passos Coelho (eleito no Ano Chinês deste animal - coelho) conduzirá Portugal para mais soluções de recurso, podendo provocar a sua fuga do país ou demissão. A maldição dos Templários de França sobre a Europa ainda não está concluída, perfazendo 700 anos (1314-2014) com 40 anos do 25 de Abril (país com independência em 1143, morrendo os Condestáveis de França e Portugal em 1431, tudo sempre mutação numérica 1314). Acresce que sendo Portugal regido pelo ciclo Arcânico 22 e o seu factor solar 11, vamos estar mais dependentes da grande crise: Obama, o 44º (22+22) Presidente dos EUA; O 11º rei morreu de peste em Tomar (D. Duarte), o 22º Rei morreu preso em Sintra (D. Afonso VI), o 33º Rei foi assassinado (D. Carlos I), o 44º foi preso e desterrado, Américo Tomás, faltando a grande mudança com o 55º Ocupante do Trono de Portugal (Presidente).

O ano de 2014 terá mudanças mundiais com os eclipses solares de Abril (29) e Outubro (23-24), sobretudo neste último pela influência dominante de Mercúrio na gravitação da Terra. A Inglaterra poderá ter mudanças de relevo no início de Outubro e o período da Páscoa será agitado. A diplomacia portuguesa precisará de uma mudança de muito curto prazo se desejar qualquer papel na cena internacional plena de escândalos com embaixadores e serviços secretos.

Como positivo para a economia portuguesa pode estar o papel da diplomacia económica luso-brasileira, anglo-lusa ou judaico-luso-holandesa, com ramificações nos EUA.

Começando o ano solar com LUA NOVA de 1 de Janeiro e o ano lunar do CAVALO na LUA NOVA 30 de Janeiro, com igual repetição destas Luas no mês de Março, com ambos os inícios com tempestades, o ano espiritualmente só pode trazer ESPERANÇA se a intransigência moribunda da União Europeia mudar. Pode haver a esperada «surpresa» de se falar na Federação Europeia e na Capital Mundial. A vitalidade do «euro» será determinada ou não para o futuro, precisamente em 2014.  

João Santos Fernandes

Novembro e Movembro

Este ano reparei que alguns apresentadores de televisão começaram a deixar crescer, uns a barba, outros o bigode. Falei nisso e logo a Bianca me explicou que aqui é usual a maioria dos homens deixarem crescer ou o bigode, ou a barba durante os meses de Setembro e Outubro, para depois, em Novembro cumprirem uma espécie de promessa – o Movember – que é para assinalarem que eles vão durante o mês de Novembro ajudar uma Instituição Social no dia em que voltarem a cortar a barba ou o bigode. Ao contrário, os que usam apêndice capilar (como é o meu caso), cortam-no em Novembro assinalando idêntico gesto de solidariedade, começando de imediato a deixar crescer a barba, ou o bigode. Este ano ainda não o fiz, mas no próximo ano, em 2014 farei isso, pelo que a Bianca já festejou o facto de me ir ver pela 1ª vez sem barba!

BLOG

Com a imprescindível ajuda de um amigo de Moçambique, o antigo locutor de rádio João Manuel Alves, agora a residir na Terceira, (Açores) passo a disponibilizar aos meus amigos e leitores um Blog onde poderão de forma sistemática e mais rápida, fazer uma consulta a todas as minhas Crónicas publicadas e enviadas até agora.
Bastará assim um simples clicar no link do referido Blog:

http://cronicasdofimdomundo1.blogspot.pt/

Ao meu antigo (e não velho...) companheiro de actividades radiofónicas em Lourenço Marques, João Manuel Alves, que pacientemente se ofereceu para colocar em Blog todas as Crónicas das Terras do Fim-do-Mundo, o meu sincero e reconhecido MUITO OBRIGADO.

Portugal no Mundial de Futebol

Pronto! À conta do talento do miúdo da Madeira, o famoso CR7, Cristiano Ronaldo, a selecção lusa lá vai até ao Mundial do Brasil, que começa em Junho de 2014 e logo nos calhou uma série que não será seguramente pêra-doce, com a Alemanha, o Gana e os Estados Unidos que de ano para ano se vêm tornando uma equipa crescentemente perigosa.

E como bem assinala o João Paulo Diniz, não nos venham (até porque é absolutamente intragável o raio do conceito) com a ideia dos media que é um grupo de morte! Que é lá isso? Desporto é desporto e não passa disso... é para praticar sem paixões e para manter a mente saudável!

Que os deuses protejam e inspirem os nossos jogadores por forma que a malta se reveja nos bons resultados desportivos, já que pouco mais resta para envaidecer o ego lusitano.

Não sei se alguns dos jogos decorrerão no Nordeste brasileiro, julgo que sim, e a esse propósito recomendaria aos mais afoitos uma viagem até Itacaré, perto da cidade de Salvador, onde o meu irmão José Couto vive agora numa Pousada de Luxo que adquiriu nessa terra bonita e à beira-mar.

A Pousada chama-se Shangrilah e está especialmente dotada de todas as mordomias para quem possa passar um tempo diferente... eventualmente acompanhando o Mundial de Futebol!

Para quem estiver interessado – contactem-me que eu poderei obter os números de telefone e morada... e quem sabe... um descontozinho especial para aficionados!

LIIIIINDAAA!

Uma piada que me chegou pela Internet e à qual achei Himalaias de piada:

José e Luis, são dois amigos que se encontram todos os dias no Parque para dar de comer aos pombos e falar dos problemas do Mundo.

Um dia, o Luis não apareceu. O José não pensou muito nisso pois calculou que o amigo pudesse ter-se constipado ou coisa parecida. 

Mas, depois de uma semana sem o Luis aparecer, José preocupou-se realmente.

Como, no entanto, o único tempo que passavam juntos era no Parque, José não fazia a menor idéia da morada do Luis e como tal, era incapaz de descobrir o que teria acontecido.

 Passou-se um mês, e José pensou que nunca mais veria o seu amigo Luis.

Um dia, ao regressar ao seu banco habitual no Parque, reparou que já lá estava sentado, o seu amigo Luis.
José, ficou feliz por vê-lo, a ponto de lho dizer e passado o momento inicial do reencontro, disse-lhe:

- Francamente, Luis, o que é que te aconteceu ?- Estive preso !- Preso ? Mas a que propósito ? Olha... sabes,  daquela loirinha muito gira que trabalha ali no café da esquina onde vou às vezes?

- Sim, lembro-me muito bem dela ! O que é que lhe aconteceu ?

- Bem, a ela, nada, mas queixou-se de mim, à Polícia, "por violação".  Fui a tribunal e é claro, que eu, com 89 anos fiquei tão orgulhoso que me declarei logo CULPADO ! 

Então, não é que o sacana do Juíz, me aplicou 30 dias de prisão por...faltar à verdade ?!

Moçambique e Macau

Então o que me dizem do ambiente político em Moçambique? O Guebuza anda a brincar com o fogo não é?

E eu que o conheci quando nos anos 60 ele era um mero servente no Jornal Notícias de Lourenço Marques. 
O Armando Guebuza cresceu muito, sim senhor... e enriqueceu substancialmente! Ou será que o poder corrompe?

Raptos, ameaça de guerra civil e crise económica são os condimentos necessários e suficientes para que se reacendam ódios antigos e de novo se instale o terror e a guerra naquela zona de África. E agora, tudo mais instável devido à morte do velho Madiba, Nelson Mandela que dalguma forma servia de tampão respeitável, referencial inultrapassável naquela zona de África.

Ainda por cima no próximo ano há eleições presidenciais em Moçambique. Quando já desistente de Portugal, houve quem me tivesse sugerido tentar a chance em Moçambique, recordo-me de ter contrariado tal hipótese exactamente com base na instabilidade política  - et voilá, aí está a resposta que considerava inevitável! Lembras-te amigo Faruk Norali?

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Entretanto em Macau, esteve de passagem (certamente mais em passeata do que em missão política), o vice 1º ministro Paulo Portas que – e eu não lhe conhecia este mau hábito – chegou atrasado a uma reunião com a comunidade portuguesa naquele território, cerca de duas horas depois do combinado e nem um pedido de desculpas apresentou. Quando chegou e começou a falar sem o prévio justificaivo, nem o pedido de desculpas, a assistência levantou-se em peso e saíu!

Protesto legítimo e colectivamente bem conseguido, com a esperança de que o rapazinho aprenda a comportar-se com maneiras... sobretudo com respeito pelos emigrantes!  

Morte de Mandela

Eram 7h.30 da manhã de 6ª feira, dia 6 de Dezembro, aqui em Sydney.

Mal me levanto ligo a TV para assistir aos noticiários em contínuo da ABC 24.

Quando o apresentador disse que esperavam a todo o momento uma ligação em directo a Joannesburg dado que o presidente sul-africano ia fazer em directo uma importante alocução, suspeitei de imediato de um desenlace.

Assim foi... Após um longuíssimo período de sucessivas convalescenças, o velho Madiba não resistiu. A sua morte anunciada, levou-o fisicamente, mas ele vai continuar vivo entre todos aqueles que forem recordando o extraordinário exemplo de tolerância, de perseverança, de dignidade que Nelson Mandela deixa como legado de uma vida dedicada ao seu país, ao fim do apartheid e ao progresso com todas as raças em convívio pacífico.

Mandela faleceu com 95 anos de idade e com 27 anos de detenção efectiva em idade já adulta, exactamente por lutar contra um regime que pugnava por um desenvolvimento separado e que, embora com resultados invejáveis quando comparando com o resto de África, era desumano e impraticável à luz da tolerância, dos modernos princípios de igualdade de oportunidades e direitos.

A Bianca também se levantara e ambos escutámos consternados o anúncio feito pelo actual presidente sul-africano, Jacob Zuma, confirmando as nossas suspeitas.

O meu receio recai agora nas consequências negativas que, quase inevitavelmente, o seu desaparecimento irá ter em toda a região, incluindo a terra que me viu nascer – Moçambique.

Deus proteja aquela gente das atitudes extremistas e violentas que alguns dirigentes do seu partido – o ANC – tem ameaçado ter contra uns e outros.

Talvez para evitar reacendimentos de antigos ódios racistas contra uma parte significativa da população de origem indiana, as rádios sul-africanas têm estado a referir enfaticamente que lá para onde foi Madiba, ele se terá encontrado com Ghandi e estão neste momento a passear os dois lado a lado! Pode ser uma excelente solução... A ver vamos!

Entretanto, não tardou que eu começasse a receber mails referindo o desaparecimento do grande líder da Tolerância e da Paz, tendo o 1º deles vindo exactamente de Portugal, da Malveira, onde reside o meu amigo João Paulo Diniz, jornalista reformado, que aliás conheceu pessoalmente Nelson Mandela, tendo-o entrevistado em Joanesburgo.

Com a devida vénia transcrevo aqui parte das suas palavras:

Morreu Nelson Mandela. E a partir de agora, se estamos todos e cada um de nós mais pobres, paradoxalmente estamos mais ricos pelo seu exemplo.
Mandela foi um lutador, um Homem fiel às suas convicções. O preço que pagou foi elevado: 27 anos na prisão e uma saúde que, inevitavelmente, seria afectada em consequência disso. Mas venceu a coragem e a honestidade - quando foi eleito Presidente da República da África do Sul, declarou, solenemente, que apenas faria um único mandato. E manteve a sua palavra quando tinha todas as condições para prosseguir na liderança do seu grande País.

Mais uma vez, de lamentar o provincianismo da nossa RTP que, durante sete dias abriu os noticiários com notícias bacôcas e redundantes sobre o funeral de Madiba, e com entrevistas supostamente ocasionais e que nada traziam à respectiva cobertura jornalística. Enfim, outros tempos – já não há repórteres como noutro tempo...

Paz à sua alma e interiormente saibamos, cada um de nós, guardar um minuto de silêncio em sua memória. 
   
Sporting

Ora aí temos uma situação realmente rara e que há já muitos anos se não verificava no nosso Campeonato Nacional de Futebol – o Sporting a liderar o ranking, em 1º lugar com todo o mérito e para vaidade dos seus inúmeros e dedicados adeptos, dos quais destaco obviamente o meu Compadre Sérgio Abrantes Mendes, o meu grande amigo Armando Lopes, o meu igualmente amigo de há muitos anos João Pedro Jadauji, o meu primo João Manuel Ferreira Pinto e por cá, em Sydney, o Adérito Alvo.

Permitam-me, sem receio de ofender ninguém, (porque eles sabem que é verdade), que vos recorde que os leões têm uma velha maldição com o Natal, uma vez que não seria a 1ª vez que o team de Alvalade chega bem posicionado à época do Natal e depois... por qualquer inexplicável circunstância começa a escorregar por ali abaixo!

A minha Académica contribuiu também com uma quota parte do seu esforço para o êxito do Sporting, dado que venceu o Futebol Clube do Porto, quando nada fazia crer que os estudantes batessem o campeão nacional em título!

Ah Briosa do Mondego e das serenatas ao luar!

Mafra

Um belo dia, lendo as notícias atrasadas que me chegam de Portugal dou comigo estupefacto a ler sobre um assassinato ocorrido em Mafra (de 9 para 10 de Novembro), à saída de um bar, - o Copo e Meio - propriedade do meu amigo Jorge Carnaxide. O arrendatário do bar, tentando apaziguar os ânimos entre bêbados e drogados à saída do estabelecimento é agredido à traição por um jovem segunda geração de Cabo Verde, que espeta uma faca nas costas da vítima e ele esvai-se em sangue à porta do bar, morrendo pouco depois.

Minutos depois, os Bombeiros apareceram e tentaram em vão reanimá-lo. A GNR apareceu quando pôde, suponho (pelos relatos da imprensa local) cerca de meia-hora depois e já não apanhou o delinquente, tendo de imediato iniciado as buscas com vista a detê-lo, o que veio efectivamente a suceder dias depois.

Renasce a questão das razões para a existência da inútil Polícia Municipal.

Criada há anos atrás pelo actual presidente da Câmara de Mafra, o ex-militar, Hélder Silva, a Polícia Municipal é mal vista por todos os munícipes de Mafra e que se saiba, a dita “polícia” só actua multando carros supostamente mal estacionados, prejudicando a maioria das vezes o comércio local que obviamente não consegue concorrer com os grandes espaços e a grande distribuição, que disponibiliza parques de estacionamento e imensos lugares para o parqueamento das viaturas dos potenciais clientes.

Compreensivelmente o pequeno comerciante local não o pode fazer... e garanto-vos que é quase impossível estacionar na baixa de Mafra... a menos que se chegue lá, pelas seis da madrugada!

Ao menos, a vigilância da zona de bares da Vila de Mafra, bem poderia competir à Polícia Municipal em vez de ter exclusivamente a actividade de multar as viaturas estacionadas. É que também a GNR não pode estar em todo o lado e fazer tudo! (E a receberem bem menos do que os pipis da Polícia Municipal).

Sai demasiado caro ao erário da edilidade ter uma polícia só para multas. A população que exija a extinção dessa vaidade do papa-almoços... que é como eu chamo ao actual presidente da Câmara, um imbecil arrogante e impreparado, que se atrelou ao PSD para suceder ao antigo presidente, o José Ministro dos Santos.

Pouca sorte Mafra!    

Campanha a favor dos Bombeiros da Malveira

Também do Concelho de Mafra faz parte a velhinha vila da Malveira, antiga já do tempo da fundação de Portugal. Com efeito, segundo relatos circunstanciados, já nesse tempo existia uma feira franca de gado, que aliás se mantém ainda hoje, às 5ªs feiras, mas sem o esplendor e a relevância de outrora!

Após as eleições autárquicas, o novo presidente da Junta da Freguesia da Malveira passou a ser por mérito e maioria absoluta, um grande amigo meu, o insubstituível José Pinheiro, que está ainda na fase de arrumar a casa e ver como vão as contas da Junta.

Entretanto, falando ao telefone com ele fiquei a saber duma preocupante necessidade que importa suprir urgentemente nos Bombeiros da Malveira – novas viaturas de fogo e também ambulâncias – tudo no valor de 150.000 euros.

De imediato me solidarizei e prometi-lhe ajudar a partir de Sydney, através da organização de  peditórios, rifas, bailes e leilões a efectuar junto da comunidade portuguesa de cá. Como faço parte de uma Comissão de Solidariedade – Fazer Bem Sem Olhar A Quem – presidida pelo meu amigo de Portimão, Adérito Alvo, emigrante em Sydney há mais de trinta anos, elaborei um “programa de acções” e estamos já envolvidos na respectiva tarefa de vencer a inércia habitual e arranjar aquilo que falta aos Bombeiros da Malveira, já que ao poder local (a quem competia suprir as referidas necessidades), falta dinheiro... talvez porque tenha de pagar salários aos meninos bonitos da Polícia Municipal, os inúteis, protegidos do edil Hélder Silva.

That’s life!!!

Daqui a uma semana é o Natal
Duas ideias base!!

Duas amigas escreveram-me partilhando ideias que considerei relevantes e de imediato prometi divulgar. Então... aí estão:

1 – (da minha conterrânea Rosa do Lago)

Que tal fazer algo diferente, este ano, no Natal ? Sim, Natal: daqui a pouco ele chega.

Que tal ir a uma agência dos Correios e pegar numa de 17 milhões de cartinhas de crianças pobres, e ser o Pai ou Mãe Natal delas ?

Há informação de que fazem pedidos inacreditáveis.

Há crianças a pedir um pacote de bolachas, uma blusa de frio para a avó, etc.

É só pegar numa carta e depois entregar o presente numa agência do Correio até dia 20 de Dezembro.
Os Correios encarregam-se de fazer a entrega.

Imagine uma criança pobre recebendo o presente que pediu ao Pai Natal.

2 – (da minha ex-colega do Departamento Comercial da TVI, Isabel Blanco Ferreira)

É um ritual que também praticamos.

Faço 2 presépios (um grande e outro enorme !! ) em casa e ainda espalho outros pequeninos pela casa fora. Na mesa da Consoada temos sempre um pequeno presépio e cantamos os Parabéns pois é o Aniversário de Jesus.

Não é isso que se faz nas festas de aniversário? Pois cá em casa... também!!

Dá esta sugestão aos teus contactos. Que na noite de Consoada se cantem os Parabéns junto ao Menino Jesus.

Duas excelentes ideias e a que talvez pouco custe aderir!

Enfim... Natal é sempre que um homem quiser... diz-se não é verdade?

Na vida, passamos por 3 fases:
- a primeira, quando acreditamos no Pai Natal;
- a segunda, quando deixamos de acreditar;
- a terceira, quando nos tornamos o Pai Natal.
Isto é a magia do Natal!!! 

BOM NATAL!!!

Visitas




Como facilmente se calculará, as visitas de amigos chegados de Portugal, ou que ao nosso país de alguma forma estejam ligados, ou mesmo de partida, de regresso ao cantinho à beira-mar plantado, são sempre momentos especiais e que faço questão de partilhar nestas Crónicas, até para que se entenda melhor a Saudade tão portuguesa.      



Joana Nunes




Filha de um grande amigo meu, o general Luis Filipe Tavares Nunes, a Joana esteve treze meses por cá e regressou há dias a Portugal, lamentando não ter obtido o respectivo visto de permanência para aqui trabalhar e residir. Veio passar um fim-de-semana connosco e tirámos umas fotografias para guardar para a posteridade o precioso momento de convívio.







Inês e Manuel Tarré




Meu amigo de há muitos anos, o Manuel Tarré, sofreu em 2011 a dor de perder um filho de vinte anos, o Duarte, vítima de morte súbita, em casa e após uma tarde bem passada a conviver com o irmão Dinis.
O Manuel Tarré refugiou-se no trabalho – administrador da Gelpeixe – com uma facturação anual na ordem dos 50 milhões de euros e decidiu vir até à Austrália e de caminho viajar até à Nova Zelândia, onde tem negócios diversos que talvez se venham a tornar extensivos ao país que habito. Foi uma visita curta – dois dias insuficientes para mostrar esta enorme cidade de Sydney. Mas foi divertido tê-lo e à mulher, entre nós. Claro que também fizémos umas fotografias e ficou a promessa de voltar a encontrarmo-nos (em breve), nesta terra de cangurus e koalas.

Sarah e André Madeira




Meu sobrinho, vive em Kyogle, no norte do estado de New South Wales (NSW), onde vamos aliás passar este ano o nosso Natal.

Depois de estudar em Portugal, rumou a Inglaterra onde se formou, decidiu fazer um voluntariado em Timor, aí conheceu a mulher e acabaram por vir viver para a Austrália, onde o sogro é o maior produtor de árvores de fruto deste país.

Porque lhes nasceu uma filhota rechonchuda, a Zôa, decidiram vir registá-la ao Consulado português de Sydney e estando em Sydney, encontrámo-nos para matar saudades e para programarmos detalhes referentes ao Natal,  uma vez que vamos juntar a família e amigos que se não vêem há anos, até porque alguns estão a residir em Macau!
Novas fotos para a posteridade, os detalhes do bacalhau e a promessa de dias felizes daqui a duas semanas!

Distinto Vereador da Municipalidade de Warringah

Para norte de North Sydney, fica uma municipalidade conhecida por ter mais de 60 quilómetros de praias de areia branquinha e fininha tipo Algarve.

Há dias fui fazer uma reportagem para a RTP com o meu amigo Zeca Mariano (de quem já vos falei em Crónicas anteriores) e lá nos fomos encontrar, na Municipalidade de Warringah, com o Vereador José Menano-Pires, português, natural de Moçambique, cidade da Beira, licenciado em computadores e com um brilhante curriculum em Manchester (Inglaterra), tendo vindo para cá há trinta anos.

Foi uma festa e de imediato fizémos amizade sobretudo dada a origem comum em Moçambique e ao facto de sermos praticamente contemporâneos – ele com 57 anos, eu com 61.

Não levei a máquina de fotografar pois estava a contar com as imagens do Zeca Mariano, que filmou, mas ainda não me enviou pela internet os frames do nosso trabalho. Logo que eu os tenha, transformo-os em fotografia e envio-vos.

Foi reconfortante descobrir por cá um português absolutamente integrado no meio e de tal ordem que desenvolve em permanência uma actividade política, ainda que no poder local.

Amigo pessoal do actual 1º ministro australiano, Tony Abbott e da ministra dos Negócios Estarngeiros Julia Bishop, o meu recente amigo e conterrâneo José Menano-Pires prometeu-me a ajuda possível se algum dia eu quiser contactar directamente a responsável pelas relações internacionais da Austrália. Aguardo o regresso do Dr. Ramos Horta e depois irei concertar com ele a necessidade de tal eventual encontro. Para já, o Dr. Ramos Horta continua colocado em Bissau como representante do Secretário-Geral das Nações Unidas naquele país africano, com quem recentemente se verificou um desagradável incidente político envolvendo a TAP.

Filmes

Termino com os filmes, contando-vos que actualmente dois filmes fazem furor em Sydney e ambos têm curiosamente algo a ver com Portugal.

Last Train to Lisbon, com Jeremy Irons e filmado quase todo em Lisboa é, como não podia deixar de ser, um excelente filme interpretado por esse gigante das telas de cinema, o Jeremy Irons e, eu e a Bianca, fomos vê-lo há dias. Não sei se já passou em Portugal, talvez não porque é muito recente, mas não deixem de ir ver – entram actores portugueses, como um amigo pessoal, o Nicolau Breyner, que tem um papel secundário, mas com um excelente desempenho!

Adorámos o filme.

O outro, é essa referência incontornável da Gaiola Dourada. Com a presença cá, para a estreia, do próprio realizador português de 30 anos de idade, a Gaiola Dourada está a ser um sucesso de bilheteira! Casa cheia na estreia, ainda não fomos ver, mas em princípio fá-lo-emos até ao Natal.

Depois conto das minhas impressões, embora pelo trailler de apresentação, o filme me parecesse a versão em cinema de uma Revista tipo Parque Mayer! On verra!


E aqui termina esta minha última Crónica deste 1º tomo de Crónicas das Terras do Fim-do-Mundo.

Boas Festas, Bom Natal e sobretudo Excelente Ano Novo de 2014. Recebam abraços, beijos e abreijos deste vosso amigo de sempre e ao v. dispor,


Luis Arriaga
Sydney, aos 17 de Dezembro de 2013.

P.S. – Em Anexo uma pequena e insignificante prendinha de Natal – “Nowhere Man” o tema dos Beatles de que eu mais gosto – a canção, a letra e a tradução do poema de autoria de John Lennon.


NOWHERE MAN
Lennon and McCartney

He's a real nowhere man,
Sitting in his Nowhere Land,
Making all his nowhere plans
for nobody.

Doesn't have a point of view,
Knows not where he's going to,
Isn't he a bit like you and me?

Nowhere Man please listen,
You don't know what you're missing,
Nowhere Man,the world is at your command!

(lead guitar)

He's as blind as he can be,
Just sees what he wants to see,
Nowhere Man can you see me at all?

Nowhere Man, don't worry,
Take your time, don't hurry,
Leave it all till somebody else
lends you a hand!

Doesn't have a point of view,
Knows not where he's going to,
Isn't he a bit like you and me?

Nowhere Man please listen,
you don't know what you're missing
Nowhere Man, the world is at your command!

He's a real Nowhere Man,
Sitting in his Nowhere Land,
Making all his nowhere plans
for nobody.
Making all his nowhere plans
for nobody.
Making all his nowhere plans
for nobody!

Homem de lado nenhum
Letra e música de John Lennon e Paul McCartney

Ele é um verdadeiro homem de lado nenhum
Sentado no seu país inexistente,
Fazendo todos os seus planos de lado algum
Para ninguém.
Não tem um ponto de vista,
Não sabe para onde vai,
Não será ele um pouco como tu e eu?
Homem de lado nenhum, por favor escuta,
Tu não imaginas o que estás a perder,
Homem de lado nenhum, o mundo está às tuas ordens!
Ele é tão cego quanto é possível ser,
Só vê o que quer ver,
Homem de lado nenhum, serás capaz de me ver afinal?
Homem de lado nenhum, não te preocupes,
Leva o tempo que quiseres, não te apresses,
Deixa tudo até que mais alguém
Te dê uma mão!

domingo, 10 de novembro de 2013

CRÓNICAS do Fim-do-Mundo 16 - Mais um ano que passou a correr

 Parece que foi ainda ontem a entrada do ano de 2013, naquele corropio de fazer votos para o ano que ia entrar, os desejos de que fosse um bom ano, cheio de saúde, de bem-estar, de sucesso, com todos os projectos a concretizarem-se, as fotografias da entrada do ano com o fogo de artifício na fantástica ponte do porto de Sydney, com a Opera House ali ao lado, as risadas dos milhares de transeuntes anónimos que, como eu e a Bianca, voltávamos a casa tranquilos, vivendo as primeiras horas do novo ano!

Pois, realmente parece que tudo isso foi ontem, mas foi há quase um ano atrás. Quase doze meses passaram já a uma velocidade vertiginosa, mastigando, triturando sonhos, projectos, alegrias e tristezas, planos bem concebidos, cheios de timings perfeitos e cálculos pensadíssimos, rigorosos, inabaláveis! A velocidade foi tão avassaladora que tudo, ou quase tudo se perdeu, alterou, esmagou e forçosamente se modificou. Meu Deus... será sempre assim?

Estamos a entrar nos dois últimos meses do ano e já se aproxima o 2014, o ano do cabalístico 7, o sete de 2+0+1+4 que, para tanta gente, é sagrado e sinal divino de prosperidade e boa sorte! Será mesmo? Tenho de perguntar ao meu querido irmão e amigo João Fernandes.

Faço votos de que sim, para todos os meus amigos e (permitam-me a particularização), em especial para a Bianca e para mim, que passámos quase todo o ano de 2013 num precipício de sustos e problemas de saúde com múltiplas análises, testes, operações, riscos vários, internamentos, idas a consultas, e com um saldo que se crê positivo... embora sem certezas!

I’m sick of it, que é como quem diz – estou farto, não quero mais, obrigado, já chega!    

Este ano de 2013 o Natal e o fim d’ano vão ser diferentes, como esperamos também que o 2014 seja calmo, saudável, afortunado e uma verdadeira pausa nos sustos! Julgo que ambos merecemos!

Vamos passar o Natal em Kyogle, a 8 horas de Sydney, por automóvel e a 3 horas de Brisbane. Iremos pernoitar nalgum motel a meio da viagem e em Kyogle vamos ficar em casa do André Madeira, um amigo português, agora com 27 ou 28 anos e cuja última vez que o vi, tinha ele seis anitos, foi num Natal, na Amadora, em casa dos pais dele, a Guida e o Quim, meus cunhados. Ela, a Guida, irmã da minha primeira mulher, a Dulce Pereira e ele, o Quim, à época recém formado em engenharia mecânica no IST de Lisboa.

Depois, eles vieram todos para Macau viver (chi... tão longe achámos nós...), a vida foi correndo, indiferente a ventos e tempestades. A Guida separou-se do Quim e permaneceu em Macau onde hoje é proprietária de um dos mais prestigiados Infantários daquela cidade que já não é portuguesa. O Quim casou-se com uma tailandesa e tiveram uma filhota, a Maya, hoje com 20 anos e autêntica Miss Mundo, de linda, misturando a beleza lusitana e o exotismo oriental. Suponho que também vivam em Macau.

O André foi para Timor por uma temporada, fazer voluntariado após a guerra civil daquele antigo território português, onde conheceu uma simpática australiana, a Sarah, cujo pai é o maior produtor de árvores de fruto da Austrália.

A diáspora reencontra-se e a Consoada deste ano vai religar esta gente toda, mais uns quantos que se nos juntarão vindos de Lisboa. Vai ser com bacalhau, pois claro, cozinhado pela Guida à boa maneira de Portugal, com os condimentos todos, como mandam as regras e nós (eu e a Bianca) levamos os vinhos daqui de Sydney, vinhos brancos e tintos produzidos nesta magnífica terra australiana que produz já os melhores vinhos do mundo... para que se saiba! Também levamos o belo do nosso Vinho do Porto – que é lá isso de comemoração sem um Porto Ferreira?

O fim d’ano, já irá ser de novo em Sydney, aliás, perto, em Wollongong, longe da confusão, em casa de amigos e com as subidas às cadeiras com as doze passas nas mãos,como manda a tradição! Desta vez alinhamos naquela da tradição ser ainda o que era, que eu não vou cá em futebóis...

E por falar em futebol, permitam-me uma acha na fogueira: está tudo maluco com as afirmações do senhor Joseph Blatter por causa do Cristiano Ronaldo, mas eu juro-vos que não fumei nada de esquisito, ouvi o que o homenzinho disse e ele nem falou no Ronaldo. Só falou no Messi e no outro... que até podia ser o Benzema... ou o Fernando Torres... ou o Beckham! Por que raio é que, com o país em crise profunda, o povo se levanta todo preocupado com a aterosclerose do Blatter, na convicção de que ele acusava o madeirense? Não haverá por aí algum pretensiosismo colectivo? É que até o governo, através do ministro de estado Marques Guedes, decidiu repor a honradez nacional! Tá tudo maluco?

Venha o 2014 e vamos ver se a selecção do Galo de Barcelos estará presente no país-irmão para fazer de conta que está a disputar o Mundial de Futebol! Cá para mim, melhor será que nos preparemos para o pior e ficar a lamber as feridas e... ver a Suécia carimbar o bilhete para o Rio de Janeiro!

Lou Reed e algum Provincianismo do pior...

Vejo diariamente os telejornais da véspera num canal de televisão australiano (do Estado) chamado SBS, que passa uns quarenta noticiários diferentes das maiores comunidades de estrangeiros residentes aqui na Austrália – franceses, italianos, gregos, japoneses, árabes, chineses, polacos, russos, sérvios, enfim... uma data deles. Frequentemente fico a ver outros telejornais, até para, através das imagens (já que da respectiva língua nada entendo) tentar perceber sobre quais os motivos de interesse dessas comunidades e, muitas vezes, dou comigo a pensar... ah... afinal o nosso telejornal da RTP, até nem é assim tão mau!

Contudo, há dias apeteceu-me escrever para a RTP a denunciar o mau gosto e o provincianismo patêgo e saloio pelo facto de, imagine-se, em dois dias seguidos os últimos minutos do telejornal (supostamente preparado para as diferentes comunidades de portugueses espalhados pelo mundo), terem sido totalmente dedicados a homenagear o Lou Reed, um intérprete americano, de rock and roll, sem nenhuma importância assim tão relevante em Portugal, ou crucial para a cultura pop, nem sequer assim tão conhecido entre nós! Curiosamente nos outros noticiários, alguns referiram de passagem o desaparecimento do velho Reed, ex-membro dos Velvet Underground, e apresentaram por dez segundos um excerto do tema “Take a walk on the wild side”.

E fiquei a pensar por que motivo a RTP terá produzido uma sentida homenagem durante dez minutos para homenagear, durante dois dias a memória do rocker que não era português, explicando quem o influenciara, que canções gravara, com quem tocara, com que músicos, os títulos dos respectivos álbuns, as vendas atingidas, eu sei lá! Acho que os portugueses ficaram licenciados em Lou Reed  com tanto detalhe. E nós portugueses, lá longe, o que tinhamos a ver com aquilo tudo?

Não digo que nos enchessem os minutos finais dos noticiários com o divórcio daquele ex-ministro do PS que desatou à porrada à sua bela mulher, agora alcoólica, (???), ex-apresentadora da SIC, mas ao menos que tivessem feito uma justa homenagem aquando do desaparecimento há dias, do António Mourão, do “Oh tempo volta para trás”, que era conhecido, que era português e que ajudou a RTP a preencher muitas horas de emissão nos anos 60 e 70 e que faleceu triste e só, “arquivado” na Casa dos Artistas.

(Consta por aqui que o Manuel Maria Carrilho e o Paco Bandeira vão formar um duo musical:
o Duo Olho Negro...) – acho linda!!!

A mim, quer-me parecer sinceramente que a RTP está de facto a precisar de uma valente vassourada e que tipos como os que estão à frente da gestão e da informação, deverão certamente estar a candidatar-se a uma indemnização valente, tal como sucedeu ao sinistro Emídeo Rangel que veio da SIC para desestabilizar a RTP e logo a seguir saíu com uma choruda indemnização milionária.

Ou talvez (admito) eu não esteja a ver bem o problema e me faltem factores diversos na difícil equação! Talvez afinal o Lou Reed fosse candidato à Presidência da República, ou Conselheiro de Estado, ou o homem que pagava as subvenções do governo, ou, sei lá... o fornecedor de droga de alguém importante na RTP!   

Esquesitices minhas, já se vê!

O Mário Soares não está bem da cabeça. Por favor internem-no!

Dizia-se há muitos anos que quando um tipo liga o intestino grosso directamente aos miolos só sai cagada!
Julgo que será o caso de um daqueles políticos que considero ser dos principais responsáveis pela forma como o nosso país se encontra e que, pesem os factos, irá morrer sem ser julgado e criminalmente penalizado pela quantidade de trapalhices, disparates e erros absolutamente inadmissíveis e indesculpáveis como manipulou os destinos desta ditosa pátria nossa, designadamente em três áreas concretas, a saber:
- a descolonização “exemplar”;

- a “estupenda” adesão à União Europeia e sequente entrada para a zona euro;

- a quantidade de roubos, desvios e escandalosas manobras financeiras de que só a família Soares beneficiou.

Falo obviamente do Mário Soares, que suponho esteja atacado de demência senil!

Sobre ele encontrei na Internet um recente texto de uma grandiosa mulher que conheço pessoalmente, a cronista e escritora Helena Sacadura Cabral, mãe dos irmãos Portas, que sobre a arrogância e má criação de Mário Soares escreveu a 17 de Outubro o que a seguir transcrevo.  

Começa a ser preocupante a forma como um ex Presidente da República se refere a outros ocupantes do mesmo cargo e, em geral, aos políticos do seu país.
A função desempenhada no passado e a despesa que ela ainda representa para a nação deveriam impor uma certa forma de contenção verbal. Discordar é uma coisa. Enxovalhar ou difamar é outra, muito diferente.
Acresce que uma comunicação social responsável não deveria ser o veio de transmissão daquilo que mais não é do que uma triste manifestação de senilidade. À bon entendeur salut, como dizem os franceses!

Simplesmente brilhante!

Nobel da Paz
Mais uma vez me desiludiu e entristeceu o facto do Comité norueguês para a atribuição do Nobel da Paz estar perfeitamente cativo de interesses americanos.

Há uns anos atrás atribuiu o Nobel a um recém chegado à Casa Branca, sem que  então o acabado de eleger Barak Obama tivesse sequer dado provas sobre se era competente, burro como o antecessor (Bush), violento, ou equilibrado.

Em 2006, todos aguardavam que o Nobel contemplasse a corajosa Irene Sendler (na ocasião com 88 anos e ainda viva) e que sendo alemã, correra seriíssimo risco de vida durante a 2ª Guerra Mundial ajudando a salvar mais de 2500 crianças judias dos campos de concentração nazis, tendo sido presa e torturada pelo regime de Hitler. Salva por milagre, ela aguardava o reconhecimento do comité do Nobel da Paz que, entretanto em 2006, achou dever contemplar o americano Al Gore, simplesmente porque este escrevera um livro sobre o Aquecimento Global. Nem o lobby dos ambientalistas esperava tal prémio a distinguir quem, no fundo, era só conhecido por ser membro do governo yank!

Este ano, nova borrada! Todos contavam com a atribuição do Nobel da Paz à jovem paquistanesa Malala, activista dos direitos das raparigas estudarem, e que foi brutalmente atingida na cabeça num atentado organizado pelos talibans locais, só porque a rapariga entendeu e bem manifestar-se contra a chária muçulmana extremista que proíbe as raparigas de estudar e ter os mesmos direitos que os rapazes.

Seria a atribuição do Nobel da Paz à mais nova laureada da história. Seria um incentivo a todas as jovens paquistanesas e indianas. Seria uma enorme lição de coragem e seria sobretudo a melhor forma de fazer com que determinados países como o Paquistão, o Irão, o Afeganistão, o Iraque, etc. se começassem a desenvolver em pleno, pois está mais do que provado que essas sociedades completamente atrasadas e medievais só poderão acompanhar o ritmo do resto do mundo quando as mulheres tiverem os mesmos direitos, as mesmas oportunidades e as mesmas condições que são proporcionadas aos homens.

Ainda por cima, a Malala é uma jovem esforçada, que, pela sua causa, mal se pôs boa de saúde imediatamente escreveu um livro e desatou a viajar a suas expensas para apresentar a verdade dos factos, a sua tese, e espalhar a sua palavra, inclusivé nas Nações Unidas, tendo até recebido o prémio Sakharov 2013, atribuído pela União Europeia.

Pois o bendito comité norueguês decidiu entregar o distinto prémio a uma recentíssima e ainda desconhecida comissão para a destruição das armas químicas, ligada às próprias Nações Unidas e que funciona da seguinte forma: - eles acusam a quem a Rússia e a Alemanha venderam armas químicas. Depois, os Estados Unidos fazem um chavascal medonho e acusam, ameaçam e montam uma perseguição obcessiva até se chegar ao ponto de se ameaçar com a invasão do país. Depois, as Nações Unidas exigem a destruição do armamento químico e os rapazes vão lá, fazem uma listagem do material em causa, colectam os resquícios e determinam que se transportem os materiais para os Estados Unidos, supostamente os ùnicos com condições para destruirem essas armas, e fazem-no por um preço semelhante ao da venda desse material, preço que o país receptador do armamento (neste caso a Síria), já tinha pago à Rússia e à Alemanha e que agora volta a pagar para que os States o destrua...  

E foi a este comité que foi entregue o Nobel da Paz de 2013! Porreiro, não é?

Sobre Malala, o meu amigo João Paulo Diniz, escreveu oportunamente um pequeno texto que tomo a liberdade de reproduzir.

Há uma jovem Paquistanesa que há precisamente um ano foi alvejada a tiro quando seguia para a escola com outras meninas da sua idade.
Os autores dessa barbaridade foram talibans, que impuseram não querer que as jovens fossem para a escola.
Gravemente ferida, ela foi levada para Inglaterra onde, num hospital, em Birmingham, uma extraordinária equipa conseguiu operá-la e salvar-lhe a vida.
A jovem de quem falo chama-se Malala Yousafzai, acabou de completar 16 anos, por sinal no mesmo dia em que falou nas Nações Unidas, em Nova York. Aí afirmou, com a maior simplicidade, que "uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. A Educação é a única solução".
Entretanto, Isabel II já convidou Malala para uma recepção no Palácio de Buckingham.
Hoje, o Parlamento Europeu atribuíu a Malala o Prémio Sakharov, destinado a distinguir pessoas ou organizações que se batem pela Liberdade e pelos Direitos Humanos.
Amanhã de manhã, a Academia Nobel vai anunciar o Prémio Nobel da Paz de 2013. Malala é uma das candidatas. E eu estou aqui a desejar que o notável exemplo de coragem e determinação de Malala mereça essa grande honra. Porque é com pessoas como ela - e só tem 16 anos, meu Deus! - que o mundo pode ser um lugar melhor.
E, haja o que houver, desde já fico à espera de um encontro entre duas grandes figuras deste século: Malala... e o Papa Francisco! Que Deus nos dê saúde para sermos testemunhas desse momento!! 

Pois é meu caro João Paulo, estávamos todos equivocados e pelos vistos, o Comité norueguês decidiu, mais uma vez, de uma forma bizarra e direi mesmo de forma suspeita! Cést la vie!

Com a minha recente Hospitalização...

...muita coisa se passou e eu sem poder controlar a minha vida, os meus timings, e os meus hábitos! Chiça... foi azar!

Quando voltei a casa, a 20 de Outubro, (e já vos escrevi a dar conta dos tormentos todos), tinha à minha espera 352 mails e 577 mensagens de Facebook. No mínimo teria de os ver e ler todos e responder à maioria, tarefa demorada e cansativa, mas que agradeço do coração, e que mais uma vez provou (se é que isso era necessário...), que a amizade é uma força maravilhosa, dinamizadora, poderosa e desconcertante!
Essa cadeia fraternal atingiu vários países, saltou muralhas e fronteiras e veio de Portugal, do Brasil, de Moçambique e até do Bangladesh, onde está neste momento um amigo íntimo de há mais de 45 anos, o Ismail Seedat, o líder da comunidade muçulmana de Moçambique, meu ex-colega de liceu e amigo de incontáveis farras desse tempo maravilhoso que já não volta mais!

A todos o meu comovido OBRIGADO! Deus é grande!
Mas a doença e a hospitalização forçaram-me a perder algumas coisas já agendadas e por mim desejadas e muito esperadas, designadamente:
- a comemoração dos 100 anos da Marinha de Guerra da Austrália que reverteu num majestoso espectáculo de três dias nas águas do porto de Sydney, com a visita do Príncipe Harry da Grã-Bretanha, a visita de cerca de dois milhões de forasteiros, a presença de 40 vasos de guerra da Armada australiana, mais de 8.000 marinheiros a bordo e a presença de vasos de guerra de 8 países amigos, designadamente Veleiros de grande porte, provenientes da Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Índia, Nigéria, Japão, China e Coreia. Pena que Portugal não tivesse podido destacar a Sagres que teria feito uma excelente figuraça e ainda por cima, pelo facto de termos sido nós os primeiros ocidentais a demandar por mar estas paragens. Foi o maior evento popular desde a abertura dos Jogos Olímpicos do Ano 2000. No final houve um feérico fogo de artifício (transmitido pela televisão) muito melhor que os habituais fogos de final de ano. Adorava ter por ali andado a fotografar os navios, a gente, o fogo (fireworks), mas já disse à Bianca: “ok, fica para daqui a 100 anos aquando dos 200 anos da Armada Aussie!” – ela riu-se e espero que não tenha pensado que estava a falar a sério!

- o outro evento, ocorreu a 20 de Outubro e foi o 40º aniversário da iconográfica Opera House, inaugurada com a presença da Rainha Isabel IIª (Elizabeth, The Second). Houve festejos múltiplos, sendo que o mais impressionante foi, nessa noite, um show de luzes sobre a estrutura do magnífico edifício que fica a uma centena de metros da Ponte – Sydney Harbour Bridge. Muita gente, muitos artistas, muitas reportagens e... muita pena minha de lá não poder ter estado! Paciência...e agora não estou a brincar...conto lá estar daqui a dez anos aquando do cinquentenário da Opera House. Até lá sai-me a Sorte Grande e alugo um voo charter e trago todos os meus amigos a Sydney, para juntos assistirmos às comemorações! Hein? E esta? Na construção deste edifício, que é talvez o símbolo maior da cidade de Sydney, participaram centenas de portugueses, segundo documenta um documentário extraordinário realizado pelo meu particular amigo Zeca Mariano, realizador dos Estúdios Fox, aqui residente há mais de 50 anos e com quem tenho a honra de colaborar (como já vos contei), fazendo as vozes off no Programa “Australia Contact” que o Zeca realiza e produz mensalmente para a RTP.

- Também durante a minha estadia nos Hospitais casou em Lisboa, no dia 5 de Outubro, o meu afilhado Pedro Mendes, filho dos meus Compadres Sérgio Abrantes Mendes e Fátima Mendes. O Sérgio (Juiz na Relação de Évora),  já me contou por alto que o casamento foi excelente e que o copo d’água terá decorrido com o maior esplendor junto da estátua do Cristo-Rei. Adorava ter ido para dar um apertado e comovido abraço a esse meu afilhado de baptismo com quem privei momentos inesquecíveis. Diz-me o Sérgio que o Pedro escolheu uma noiva lindíssima, polaca, com um nome impronunciável e que ele conheceu quando trabalhou em Varsóvia no Pão d’Açucar lá do sítio. Felicidades aos noivos, muita saúde e filhos... que é o que o Ocidente precisa!!!

Paradoxo Dialético

Uma das coisas que mais me diverte são os Paradoxos e algumas intersecções da língua com a matemática. Há dias, a Bianca trouxe-me um desses Paradoxos que me divertiu muito e que passo a contar-vos:

“A frase seguinte é falsa.

 A frase anterior é verdadeira”

Ah Ah...  e afinal, em que ficamos? A mim o resultado parece-me o de um discurso de político: ambas as frases são falsas!


Fait-Divers

Há dias, vi um anúncio de uma imobiliária aqui de Sydney, que anunciava estar à venda a vivenda mais cara do mundo, exactamente aqui em Sydney – por 600 milhões de dolares. Se eu estivesse em boas condições físicas, teria desafiado a Bianca e metia-me ao caminho, cheio de curiosidade para ir ver o casarão. Alugava um carro de luxo, vestia-me de árabe e aparecia com uma “intérprete” que faria de conta traduzir para árabe as explicações que certamente muito solicitamente os vendedores iriam querer dar ao potencial comprador. Faço ideia o luxo e a soberba de tal casuncha!

Para os apreciadores da velha música dos Anos 60, devo dizer que já está à venda um novo álbum do Paul McCartney, lançado na semana passada e que o velho Beatle gravou aos 72 anos. Chama-se NEW e devo dizer que fiquei admirado com a estaleca e a energia, a inspiração do Paul e o som tão semelhante ao dos Beatles. Extraordinário! Segundo o Paul, em entrevista reproduzida aqui na Austrália, ele lamentou-se do facto de não ter tido ao seu lado o eterno companheiro John Lennon, que era de facto quem emprestava a centelha divina do génio musical e poético que o caracterizava. Ainda assim, vale a pena ouvir o novo trabalho do velho senhor. Aos 72 é obra!

O nome de Portugal agora vai aparecendo quase todos os dias nas televisões australianas, embora, nem sempre pelas melhores razões!

O Surf tem sido uma quase constante e ainda por cima com as melhores referências por parte de um surfista australiano que encantado com o Guincho e com a Nazaré fez múltiplos elogios ao mar, às praias e sobretudo às gentes portuguesas! Curiosamente sobre a Ericeira – supostamente a “capital do surf” em Portugal, como a malta gosta de referir – nem uma só palavra!

Cristiano Ronaldo e José Mourinho são presenças constantes nos noticiários, ou mostrando os golos do craque, ou mostrando as birras do treinador setubalense, sempre assumidamente convencido de ser inultrapassável e invencível...

Ultimamente voltou a falar-se quase diariamente daquela deprimente obcessão do casal McCann no sentido de continuar a defender a telenovela do rapto da Maddie McCann! A mim, que conheci bem o caso e até fui porta-voz do Inspector da Judiciária Dr. Gonçalo Amaral, faz-me aflição ir seguindo as “estórias” inventadas pelos pais da criança, quando eles bem sabem o destino que a miúda teve...

Só lamento que o Gonçalo se não encha de coragem e não vá a uma televisão contar o que sabe e dizer até, onde param os restos mortais da miúda. Não me cabe a mim contar o que sei e pela minha parte só fui porta-voz do homem a quem uma série de decisões erradas por parte de uma jovem juíza, inexperiente e manipulada, permitiu cair num tremendo disparate que foi “acabar” com a liberdade de expressão e que eu, como porta-voz (já que o Gonçalo Amaral estava proibido de falar sobre o assunto) contestei publicamente, chamando a atenção para o desrespeito à Constituição. Esse erro foi já reparado mediante decisão após recurso intentado e ganho pelo Gonçalo.

Mas – se me estás a ler Gonçalo – peço-te: acaba de vez com esta encenação e revela ao mundo o que sabes, reabre o processo em Portugal, acaba com as investigações patetas que vão alimentando a ideia sórdida do rapto, que afinal terá sido realizado por alguém que já faleceu... Enfim... tudo “estórias” que só têm um objectivo – alimentar a gula insaciável daquele casal que transformou a morte da filha em fonte de rendimentos.

Termino com a referência aos muitos incêndios (bushfires), que devastaram na semana passada algumas zonas circunvizinhas de Sydney, designadamente as Blue Mountains e um bairro relativamente próximo de nossa casa – Balmoral. Arderam mais de duzentas casas e milhares de pessoas ficaram sem nada.

Porém, a rapidíssima resposta da comunidade, a rápida resposta dos Seguros e a rápida resposta do governo australiano, presente na 1ª linha desde o 1º momento, com o 1º ministro falando com as vítimas, reconfortando-os e conversando com os bombeiros, tudo colmatou e hoje já ningém está nem ao relento, nem sem uma solução económica. Curiosamente nas imensas entrevistas realizadas pelos vários canais televisivos, todos se comportavam com um civismo incrível, sem críticas dramáticas, sem choros, sem desesperos, na maior das calmas. Uma série de restaurantes deslocaram para os diversos locais das chamas carrinhas carregadas de comida para servirem gratuitamente quem se quisesse servir e alimentar-se a qualquer hora do dia e da noite. O único indivíduo que vi chorar foi o chefe dos bombeiros quando dizia da sua frustração em não conseguir socorrer a todos e não conseguir salvar os bens de todos os que ficaram sem casa. O Exército de Salvação organizou de imediato uma formidável acção por toda a Austrália e numa semana providenciou mobílias, electrodomésticos, loiças, brinquedos, roupas, etc. para todas as famílias vítimas das chamas.

Não fora a tragédia e o que se lamenta, eu diria que foi digno de se ver e a forma como esta gente reagiu e de imediato se colocou de pé! Grande exemplo e grande gente!

Dr Gorbatov

A 23 de Outubro tive uma última intervenção cirúrgica ao meu olho esquerdo. Não sendo possível eu deslocar-me de autocarro, a Bianca decidiu levar o automóvel para a baixa (a CBD de Sydney) e deixou o carro num parqueamento junto do consultório por três horas. Ao fim pagou 90 dólares, i.e. perto de 80 euros pelo estacionamento de três horas! Aqui não há cá excepções e se alguém estaciona e prevarica na baixa tem mesmo de “entrar com o bilhete”!

Mas tudo ficou compensado com a fabulosa notícia que o médico nascido na Rússia, professor universitário em Sydney, tinha para me dar. Depois de muitos testes e análises, ele deu-me os parabéns e disse-me que, salvo algum acontecimento médico inesperado, eu me tinha safo e a recuperação pelas intervenções cirúrgicas tinham decorrido de tal forma que a partir daqui o olho esquerdo estava salvo e só iria fazer periodicamente uma manutenção com laser. Em princípio, portanto salvei a vista e não irei cegar do meu olho esquerdo!

Camões... não te vou imitar! Não tenho veia para isso!

Durante a viagem de carro, de regresso a casa, sem a Bianca ver, chorei de alegria, baixinho, para não a perturbar e agarrei-lhe com força a mão disponível da condução do carro e em segredo agradeci a Deus e ao meu Anjo da Guarda, a Bianca, a quem ficarei eternamente agradecido.

Hoje, dia 2 de Novembro vêm cá a casa almoçar os meus padrinhos de casamento, A Estela e o Fernando Ferreira, pessoas que muito estimo e de quem muito me orgulho pelo estatuto moral e cívico que têm. Em Timor o casal está a terminar um orfanato e um infantário que ofereceram à população e na Tanzânia estão a construir para a população um Hospital, um orfanato e uma escola secundária!

É verdade – há pessoas assim – Deus é grande e eles são o exemplo perfeito! BEM HAJAM Fernando e Estela por existirem!

Por hoje é tudo. Saúda-vos este vosso amigo desta abençoada terra dos cangurus e dos koalas.


Luis Arriaga – Sydney, aos 2 de Novembro de 2013.